ELEIÇÕES 2022

Márcio França topa pesquisa pra definir ele ou Haddad candidato a governador de SP

Em entrevista ao Fórum Onze e Meia, pré-candidato do PSB se mostrou disposto usar pesquisas de intenção de voto como critério para a escolha de quem vai representar o campo democrático em SP

Fernando Haddad e Márcio França.Créditos: Divulgação
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Márcio França, pré-candidato pelo PSB ao governo de São Paulo, afirmou em entrevista ao Fórum Onze e Meia, nesta segunda-feira (14), que topa usar pesquisas de intenção de voto como critério para definir quem, entre ele e Fernando Haddad (PT)será o candidato do campo progressista ao Palácio dos Bandeirantes. 

"Embora a pesquisa nem sempre seja um critério muito justo, ela é um critério. E aí, então, esse é o critério. Coloca todos os nomes dos candidatos atuais e o meu nome. E aí vai dar um número. Coloca todos os nomes e coloca o nome do Haddad. Vai dar outro número. Quem estiver melhor colocado tem a prerrogativa de poder escolher primeiro", declarou. 

O PSB, partido de França, e o PT, vêm negociando palanques nos estados e São Paulo é uma das unidades da federação que esse acordo ainda não foi definido. Recentemente o PT, por exemplo, abriu mão da candidatura do senador Humberto Costa (PT-PE) ao governo de Pernambuco para apoiar o nome indicado pelo PSB, que é o do deputado federal Danilo Cabral (PSB-PE).

"O combinado está sendo feito. Nos estados que governamos, nós indicamos. Nos estados que o PT governa, o PT indica. E nos estados que houver uma divergência mais consistente, vamos ter algum tipo de avaliação", disse França, adicionando, ainda, que defende incluir o nome de Guilherme Boulos (PSOL), que também é pré-candidato ao governo paulista, nas conversas sobre o acordo com o PT. 

Nas últimas pesquisas de intenção de voto para o governo de São Paulo, Geraldo Alckmin (sem partido) aparece na liderança, mas o ex-governador não deve concorrer, pois é cotado para ser candidato a vice-presidente na chapa liderada por Lula. Haddad e França, por sua vez, aparecem em segundo e terceiro lugar, respectivamente.

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Alckmin no PSB? 

Na mesma entrevista ao Fórum Onze e Meia, França afirmou que há 99% de Alckmin ir para o PSB. Partido. Desde que saiu do PSDB, o ex-governador está sem partido definido e já foi sondado por legendas como o Solidariedade e o PSD.

"Quando eu comecei a falar sobre isso há dois anos, ninguém achava que era possível [Alckmin ir para o PSB]. Tem 99% de chances dele vir para o PSB. Mas se for útil ele ir para algum outro lugar, é um homem mais amplo. (...) Um homem tão recatado como ele, acho difícil não vir para o PSB", disse França.

Para o ex-governador, se Lula não vencer as eleições em 2022, é provável que Jair Bolsonaro (PL) ganhe. Se isso acontecer, ele alterará o formato da reeleição e permitir que isso seja feito várias vezes. "Todos os sacrifícios valem em defesa da democracia", avaliou França.

"Será uma disputa apertada. Se pudermos matar a eleição em um turno só é muito confortável, importante para a democracia. É óbvio que, se for por afinidade, quem tem mais afinidade com o Lula? O Haddad. Seria até injusto não dizer. (...) Mas a vida não é assim, por afinidade, é para buscar ampliações, para correr menos riscos. Na minha visão, quanto menos risco corrermos melhor", continuou.