Delegado da Polícia Federal Andrei Augusto Passos Rodrigues foi anunciado para o cargo de diretor-geral a Polícia Federal a partir 2023, após a posse do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O anúncio foi feito nesta sexta (9) pelo futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, o ex-governador do Maranhão e senador eleito Flávio Dino (PSB).
Antes de fazer o anúncio, Flávio Dino olhou para Lula e pediu autorização para falar. Diante do consentimento e algumas risadas, respondeu "tenho senso de hierarquia", então prosseguiu o anúncio do nome de Andrei Rodrigues para a direção da Polícia Federal. De acordo com o futuro ministro, os critérios para a escolha do delegado passam pela "necessidade de restauração da plena autoridade e da legalidade nas polícias". Dino também afirmou que Rodrigues tem "experiência profissional comprovada, inclusive na Amazônia brasileira, estratégica para este governo e para a Segurança Pública". Por fim, valorizou o fato do indicado ter participado da preparação da Copa e das Olimpíadas, o que, na avaliação de Dino, lhe deu experiência de "diálogo com estados e municípios". Ao final de sua fala, o futuro ministro reforçou a importância dos "valores fundantes da legalidade da polícia e do Estado Democrático de Direito".
Te podría interesar
Experiência
Rodrigues integra a segurança pessoal de Lula e já fez também a segurança de Filma Rousseff (PT), quando era candidata à presidência em 2010. Atuou também como secretário extraordinário Segurança para Grandes Eventos e cuidou da segurança da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016 no Brasil durante o governo Dilma Rousseff. Na transição, integra o núcleo de Inteligência Estratégica e é responsável pelo planejamento do esquema de segurança da cerimônia de posse, marcada para 1º de janeiro.
Gaúcho de Pelotas (RS), Rodrigues está desde 2002 na PF. Atuava na Superintendência da PF do Rio Grande do Sul e foi assessor da diretoria executiva da corporação, em Brasília. De acordo com reportagem de O Globo, o policial teria ganho a confiança de coordenadores de campanha por travar embates internos dentro da própria Polícia Federal em defesa de mais efetivos e equipamentos para garantir a proteção de Lula e de seu vice na chapa, Geraldo Alckmin (PSB).
Te podría interesar
O delegado também solicitou à PF a instauração de diversos inquéritos para investigar ameaças contra o presidente eleito. Crítico da gestão da pandemia pelo governo Jair Bolsonaro (PL), Rodrigues também já fez declarações públicas de que o Ministério da Defesa não deveria opinar sobre segurança pública. "As instituições têm competências definidas e zelamos por essa legalidade. Não avanço um milímetro na área de defesa e não aceito que a defesa interfira um milímetro na área de segurança", afirmou.