NOVO GOVERNO

Flávio Dino será ministro da Justiça, diz Wadih Damous

O advogado que participa do grupo de transição do governo Lula revelou ainda que não haverá desdobramento entre Ministério da Justiça e da Segurança Pública

Flávio Dino será ministro de Lula.Créditos: Valter Campanato/Agência Brasil
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O ex-deputado Wadih Damous (PT) declarou que o senador eleito e ex-governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), será o ministro da Justiça no governo do presidente eleito Lula (PT). A afirmação foi feita durante entrevista ao Fórum Onze e Meia desta segunda-feira (5).

Damous participa do grupo de transição de Justiça, em Brasília. “Flávio Dino será ministro da Justiça”, declarou, em hesitar. Além disso, ele revelou que não haverá desdobramento entre Ministério da Justiça e da Segurança Pública.

O ex-deputado avaliou os trabalhos dos grupos de transição e falou sobre o triunfo de Lula. “Até chegarmos nesse momento, foi uma caminhada. Naqueles momentos em que eu estava com o presidente lá em Curitiba, eu não podia imaginar que nós fôssemos dar uma guinada tão cedo, porque ali a perspectiva era nenhuma. Chegar até aqui foi uma vitória extraordinária. Nós enfrentamos a máquina do Estrado brasileiro tomada pela delinquência. Enfrentamos uma compra de votos institucionalizada. O tamanho da nossa vitória ainda não foi medido", destacou.

O advogado ressaltou, também, que "só o Lula poderia ganhar essa eleição. Se fosse outra pessoa, talvez o Bolsonaro tivesse ganhado no primeiro turno. Agora, é reconstruir o país, colaborar com o presidente Lula da maneira que se fizer necessária. Eu, provavelmente, devo ir com o Flávio para o Ministério da Justiça. Lá vamos desenhar qual deve ser nosso papel", disse.

Damous alertou que a transição não é apenas uma troca sai Bolsonaro e entra Lula. "No meu ponto e vista, a tarefa imediata é o enfrentamento à extrema direita delinquente e a área da Justiça, particularmente, vai ter um papel importante".

Em relação à escolha de nomes para o Supremo Tribunal Federal, o advogado foi enfático: "Nós não podemos ser movidos pelo medo. Nós temos de colocar no Supremo, na Procuradoria-Geral da República, quem tem o mínimo de afinidade programática com o partido vencedor das eleições", acrescentou.

Assista à íntegra da entrevista: