A segurança do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será realizada, até a posse em primeiro de janeiro, pela Polícia Federal, sob o comando do delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues. Após a posse, a segurança presidente seguirá de forma inédita nas mãos da PF, porém sob a tutela do delegado Aleksander Castro Oliveira, uma vez que Rodrigues passará ao comando da corporação.
A decisão contraria a prática de todas as transições da recente democracia brasileira, e há uma razão muito séria para isso. Tanto que decisão é consenso no Gabinete de Transição.
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Em teoria, quem faz a segurança do presidente é o Gabinete de Segurança Institucional. Mas o Partido dos Trabalhadores avalia que a pasta, com o general Augusto Heleno à cabeça, foi aparelhada por Jair Bolsonaro (PL) e pode representar risco, ao contrário de segurança, para o presidente eleito. Por isso, Lula foi aconselhado a não aceitar de forma alguma os serviços do GSI.
Inclusive, a PF deve continuar fazendo a segurança do presidente Lula após a posse, enquanto o GSI passará por uma reestruturação. As nomeações do novo governo devem começar já em primeiro de janeiro, então é esperado que os cuidados da PF ao novo presidente não durem muitos dias e logo as prerrogativas dos órgãos e instituições voltem à normalidade.
Entre as mudanças que serão feitas no GSI, está a retirada da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e da segurança pessoal do presidente de seu escopo. Segundo o Gabinete de Transição, os titulares do GSI para o próximo período já estão definidos e o presidente eleito deve anuncia-los nos próximos dias.