Não basta ser bolsonarista, tem que agir como Jair Bolsonaro (PL) e repetir atitudes repugnantes do presidente que "consagrou" o estilo sádico e perverso como uma forma de se fazer política. O governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a aposta máxima do quase ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano, anunciou nesta quinta-feira (22) que a Secretaria dos Direitos das Pessoas com Deficiência será extinta, após 14 anos de existência e de uma série de conquistas para a população paulista que enfrenta algum tipo de limitação motora, de locomoção, audição ou visão.
Muito comemorada à época de sua criação e oficialização, em março de 2008, a secretaria, segundo o próprio texto de sua concepção, tem a finalidade de "exercer funções que contribuam para a adequada condução das políticas públicas que visem à melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência e de suas famílias".
A desculpa para tal ato descabido, e até mesmo perverso, é a de que toda a estrutura da pasta será transferida para a Secretaria de Justiça e Cidadania, entregue nas mãos do juiz federal Fábio Prieto pelo futuro chefe do Executivo bolsonarista.
Para Andréa Werner (PSB), que atua no segmento há anos e é deputada estadual eleita por São Paulo, a medida de Tarcísio de Freitas deixará muita gente se amparo. Ela lembrou que esses cidadãos, com alguma forma de deficiência, dependem de ações do estado.
"A gente não pode concordar com a extinção. São milhões de famílias em São Paulo que dependem de ações específicas, e o governo tem que prestar atenção", disse a futura parlamentar.