Nos quatro anos de governo de Jair Bolsonaro (PL) o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), órgão responsável pela proteção do presidente, do vice-presidente e que também coordena todas as atividades de Inteligência no país, tornou-se um antro de golpismo, reacionarismo e de obscuridade nas mãos do general Augusto Heleno. Por conta disso e por acusações de que agentes desse setor estariam tramando contra a democracia e a posse do presidente eleito, Lula vinha tendo dificuldades para achar um ministro-chefe para o GSI, sobretudo um nome capaz de “desinfetar” as células de arapongagem que possivelmente seriam instaladas no futuro governo a serviço de Bolsonaro. Mas a busca teve um fim.
O general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias, carinhosamente chamado por todos de G. Dias, que ficou conhecido por ser o guarda-costas número um de Lula durante seus oito anos à frente da Presidência da República, ocupará o cargo atualmente delegado a Heleno.
G. Dias foi o responsável também por todo o complexo esquema de segurança do petista durante sua conturbada e ameaçada campanha eleitoral deste ano, além de ter sido o líder da Coordenação de Segurança Institucional do governo de Dilma Rousseff. Ou seja, um militar de altíssima patente que tem um histórico de defesa de valores democráticos e que já serviu de forma republicana e leal aos governos progressistas do PT.