Apesar do aparente silêncio e recolhimento, o futuro ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem atuado na surdina para incitar grupos terroristas e golpistas, e tumultuar a posse do presidente eleito Lula (PT).
Uma das ações de Bolsonaro foi uma representação enviada inicialmente ao Ministério da Justiça logo após o fim da eleição. Por sua vez, o Ministério repassou a ação à Polícia Federal. No entanto, como a ação envolve autoridades com a prerrogativa de foro, a PF encaminhou o caso para o STF.
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Na representação, Bolsonaro acusa o presidente eleito Lula (PT) e a deputada federal e presidenta nacional do PT Gleisi Hoffmann (PR) de terem ofendido a sua honra, pois, em discursos teriam chamado o futuro ex-presidente de "genocida, miliciano, assassino etc.".
Na última quarta-feira (7), o ministro STF Kassio Nunes Marques encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de parecer para investigação com base no documento que acusa os petistas de crime contra a honra.
Por sua vez, o ministro da Justiça, Anderson Torres, pediu que a Polícia Federal abra inquérito para investigar Gleisi Hoffmann e o presidente eleito Lula. No pedido enviado à PF, Torres afirma que Gleisi e Lula usaram comícios e propaganda eleitoral para "macular a honra" de Bolsonaro.
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Dessa maneira, o ministro Kassio Nunes, que foi indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) por Bolsonaro, determinou nesta quinta-feira (15) um prazo de 48 horas para que o diretor-geral da Polícia Federal apresente toda a documentação referente à representação feita por Bolsonaro contra Lula e Gleisi.
Em sua decisão, Nunes Marques aponta falta de informações e, diante disso, afirma que não é possível analisar o caso.
Com informações d'O Globo.