O embaixador Mauro Vieira, futuro ministro das Relações Internacionais, anunciou nesta quarta-feira (14) que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajará para a China no primeiro trimestre do seu terceiro mandato a fim de restabelecer as relações entre o Brasil e seu maior parceiro comercial. “Lula me orientou a trabalhar na reaproximação e reconstrução de pontes com os Estados Unidos, China e União Europeia”, disse Vieira em entrevista coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, onde funciona o Gabinete de Transição.
Querem nos calar! A Fórum precisa de você para pagar processos urgentes. Clique aqui para ajudar
Te podría interesar
Ao longo do governo Bolsonaro, em diversas ocasiões o atual presidente insinuou que os chineses teria criado e se beneficiado da Covid-19, que as eleições dos EUA que tiraram Donald Trump da Casa Branca teriam sido fraudados, além de ofensas à vida pessoal de líderes europeus, como quando disse que a mulher do presidente francês Emmanuel Macron seria feia. Além desses blocos e países, Lula também determinou a retomada das relações com a Venezuela e dos trabalhos de cooperação com países da África.
Na entrevista coletiva, o futuro Chanceler garantiu que as relações internacionais serão baseadas no respeito, equilíbrio, soberania e cooperação para o trabalho. Mauro Vieira ainda anunciou a embaixadora do Brasil na Romênia, Maria Laura da Rocha, como a nova secretaria-geral do Itamaraty – ela será a primeira mulher a ocupar o segundo cargo mais importante das relações internacionais. Maria Laura da Rocha foi chefe de gabinete do ex-chanceler Celso Amorim entre 1008 e 2011.
Te podría interesar
Também nesta quarta-feira, Lula convidou o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Josué Gomes, para assumir o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior a partir de janeiro. A conversa entre os dois ocorreu em hotel de Brasília onde o presidente eleito está hospedado. Gomes é filho de José Alencar, vice de Lula nos seus dois primeiros mandatos.
Para que seja oficialmente anunciado como um futuro, basta a aceitação do próprio Gomes. Para o caso de uma recusa, os petistas pensam em pedir-lhe uma indicação. Gomes é diretor-presidente da Coteminas, gigante têxtil, e chegou a ser cotado para ser o vice de Lula antes que aparecesse o nome de Geraldo Alckmin (PSB).
*Com informações de O Globo.