O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) respondeu nesta quarta-feira (14), com nota intimidatória, matéria da Fórum que denunciou ligação do órgão com atos terroristas ocorridos em Brasília na noite de segunda-feira.
De acordo com o GSI, “as acusações publicadas não têm qualquer ligação com a verdade e foram plantadas por uma ‘fonte’ desqualificada e mentirosa”.
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A nota diz ainda que “o GSI jamais realizou atividades deste tipo. A acusação é leviana, anônima e produzida com a nítida intenção de se valer da ‘proteção da fonte’ para divulgar barbaridades e prejudicar este Gabinete”.
A resposta do GSI cita ainda em sua abertura o nome do repórter Henrique Rodrigues, autor da reportagem, ao invés do veículo, fato este incomum e que soa como intimidação.
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Veja a nota abaixo:
Rovai lembra outro caso de ameaça terrorista
De acordo como editor da Fórum, Renato Rovai, “o General Heleno e o GSI desqualificam a fonte, dizem que é caluniosa e não entram em nenhum detalhe do que foi dito na matéria”.
Rovai lembra ainda de um vídeo que correu as redes sociais e foi publicado na Fórum em 29 de novembro, em que o primeiro sargento da Marinha, Ronaldo Ribeiro Travassos, lotado no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência das República (GSI), foi flagrado defendendo o assassinato de apoiadores do presidente eleito, além de declarar que Lula não tomará posse em 1 de janeiro de 2023. Travassos estava ao lado de Frederick Wasseff, advogado do presidente Jair Bolsonaro (PL), quando fez as declarações.
“Nada foi feito na ocasião pelo GSI”, afirma Rovai. “E agora, que surge uma denúncia que mostra que o órgão, como o sargento disse, estaria de fato envolvido nos atos de terror que promoveram enorme violência em Brasília, ao invés de investigarem o que ocorreu, resolvem atacar a revista”, encerra.
Entenda o caso
Um servidor da Polícia Federal (PF), lotado na Presidência da República acusa em entrevista exclusiva à Fórum, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), responsável pelo serviço de Inteligência e pela segurança do presidente Jair Bolsonaro (PL), chefiado pelo general da reserva Augusto Heleno, de estar por trás dos atos terroristas que apavoraram Brasília na noite de segunda-feira (12).
As declarações e a versão sobre a responsabilidade dos atos foram dadas com exclusividade à Fórum, que exigiu toda a documentação do denunciante, como a publicação da sua nomeação no Diário Oficial da União para o cargo dentro da Presidência da República e seus documentos funcionais, assim como um contato visual para comprovar a identidade da fonte.
“O que está acontecendo e, principalmente o que ocorreu ontem em Brasília, é terrorismo de Estado. O GSI está na cabeça disso, e o uso da área do QG, que é militar, é do Exército, não é à toa. O próprio secretário de segurança do DF disse isso ontem em coletiva, que ‘ninguém entra lá porque é área do Exército’, uma desculpa pronta e perfeita. O GSI tem hoje poder para controlar mais de mil militares diretamente lá dentro (do QG do Exército e nos acampamentos) e eles estão literalmente bancando, mantendo e abrigando essa gente lá dentro (da área do QG) e logicamente ninguém fardado está aparecendo, porque essa é a forma de operar deles, uma guerra híbrida que alimenta e fomenta tudo que está ocorrendo ali. É explícito para quem está perto que o GSI está incitando isso com esses civis, todo mundo está por ali (Gabinete da Presidência) sabe disso”, começou dizendo o PF.
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