Preso preventivamente nesta segunda-feira (7) acusado de estupro, o ex-vereador bolsonarista Gabriel Monteiro (PL-RJ), cassado em agosto por quebra de decoro parlamentar, contaminou com o vírus HPV a vítima que fez a denúncia, segundo o inquérito do Ministério Público do Rio (MPRJ).
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A contaminação foi confirmada em exame após o estupro, em julho deste ano, que constatou lesões pelo vírus na jovem, que tem 22 anos.
Segundo o Ministério da Saúde, o HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta pele ou mucosas (oral, genital ou anal), tanto de homens quanto de mulheres, provocando verrugas nas regiões genital e no ânus e pode causar câncer, a depender do tipo de vírus. O HPV é transmitido por meio das relações sexuais.
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Na denúncia, a jovem diz que conheceu Monteiro na reinauguração de uma boate na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, e que ele a levou para a casa de um amigo no bairro do Joá, onde o crime teria acontecido, em 15 de julho.
Segundo ela, Monteiro teria apontado uma arma para ela antes do estupro e deu tapas em seu rosto durante o crime. Ele também teria se negado a usar preservativo.
"(...) O denunciado trancou a porta do quarto, retirou a arma da cintura, passou no rosto da vítima, constrangendo-a com o fim de ter conjunção carnal, e começou a rir. Em ato contínuo, pegou o telefone celular, para gravar os fatos que se sucederiam, contudo o aparelho estava sem bateria", dia a denúncia apresentada pelo MPRJ para pedir a prisão do bolsonarista.
Segundo o documento, Monteiro teria indagado à jovem durante o ato "se eu pedir para você ficar com um dos meus seguranças na minha frente, você ficaria?".
Diante da negativa, ela "recebeu um tapa mais forte, tendo o denunciado dito na sequência: 'Você não tem personalidade'".
Presídio de Benfica
Na manhã desta terça-feira (8), Gabriel Monteiro foi transferido para o Presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio.
Enquanto isso, policiais cumpriram mandado de busca e apreensão na mansão do bolsonarista em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, na Zona Oeste Rio.
A ação tem o objetivo de localizar celulares e a arma que teria sido utilizada durante o estupro do qual ele é acusado.