Dias depois que a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), recusou o "perdão" de Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, o Republicanos, braço político da agremiação neopentecostal, anunciou que fará oposição ao governo Lula (PT), que tem início em janeiro.
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Em entrevista à Folha, o pastor licenciado da Universal e deputado Marcos Pereira, presidente do partido, disse que o Republicanos seguira com Jair Bolsonaro (PL) na oposição.
"Não vejo, diante dos movimentos que fizemos, agora virar partido de base de Lula", disse Pereira.
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O deputado, que tenta emplacar uma candidatura para substituir Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara, sinalizou no entanto, que o partido não deve obstruir a PEC da Transição, que prevê a manutenção de R$ 600 no Bolsa Família e a retomada de programas sociais abandonados por Bolsonaro.
"Há pautas importantes que vamos apoiar, e outras, não. Por exemplo, se o Lula mandar para a Câmara um projeto sobre a distribuição de renda, a manutenção do Auxílio Brasil, que não está garantida no Orçamento, podemos ser favoráveis".
Perdão dispensado
No sábado (4), Gleisi Hoffmann reagiu ao vídeo em que Edir Macedo diz que “é preciso perdoar Lula” e que a vitória do líder do PT “foi da vontade de Deus”.
Falando em nome de Lula e do PT, Gleisi, que atua com Geraldo Alckmin (PSB) no governo de transição, dispensa o perdão de Macedo.
"Dispensamos o perdão de Edir Macedo. Ele é quem precisa pedir perdão a Deus pelas mentiras que propagou, a indução de milhões de pessoas a acreditarem em barbaridades sobre Lula e sobre o PT, usando a igreja e seus meios de comunicação para isso. A nossa consciência está tranquila", tuitou.