Cumprindo agenda intensa em Brasília para formatar projetos e escalar o time para o novo governo, em 2023, Lula (PT) receberá do Grupo Técnico sobre Educação a sugestão de acabar com o programa de implantação de escolas "cívico-militares", implantado por Jair Bolsonaro (PL) em 2019.
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No total, 127 escolas seguiram o modelo até 2021, mas o grupo técnico do novo governo avalia que não há formação adequada dos militares escalados para atuar nas escolas.
Além disso, o modelo estimula a evasão escolar por meio de expulsões por causa da rigidez na sala de aula.
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As críticas são embasadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) que, em documento entregue ao governo, diz que "além de comprometer a gestão democrática, o Pecim [Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares] afronta a profissionalização dos(as) educadores(as), promove seletividade no financiamento e evasão de estudantes não alinhados às regras militares e desrespeita a pluralidade cultural e curricular da educação pública".
Em publicação nas redes sociais nesta terça-feira (29), Lula voltou a enfatizar o investimento na Educação.
"O Brasil está voltando a discutir assuntos que são de interesse do nosso país e da humanidade. Nós vamos cuidar da questão climática, dos milhões de brasileiros que passam fome. Vamos investir na educação e no futuro do país. O Brasil voltará a ter dignidade", escreveu o presidente eleito em seu habitual "bom dia" nas redes.
Janja e as políticas para mulheres
Futura primeira-dama, a socióloga Rosângela Silva participa na tarde desta terça do Grupo Técnico de Mulheres para definir as prioridades das políticas públicas do novo governo.
Janja, que também cuida do cerimonial da posse, que será realizada em 1º de janeiro, já havia adiantado durante a campanha que pretendia colaborar na elaboração de propostas para as mulheres.
Saúde e Petrobras
O GT de Saúde se reuniu nesta segunda-feira (28) com representantes da sociedade civil e com autoridades para elaborar as propostas para o Sistema Único de Saúde (SUS) e o programa nacional de imunização. Nesta quarta-feira (30), o grupo deve se reunir com Geraldo Alckmin (PSB) e Lula para apresentar o relatório.
Já o subgrupo Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do GT de Energia se reuniu com a direção da Petrobras para fazer tratativas da transição.
Capitaneado pelo senador Jean-Paul Prates (PT-RN), o grupo fez três pedidos à direção da estatal: adiamento do plano de investimento da empresa, suspensão da venda de ativos até a posse e a apresentação de todas as informações disponíveis sobre a fórmula de reajustes de preços dos combustíveis.
Uma das primeiras medidas de Lula à frente do governo deve ser determinar a suspensão da Política de Paridade Internacional (PPI) nos preços dos combustíveis.
“Tratamos de assuntos preliminares, como confidencialidade de documentos e trocas de informações. Definimos ainda critérios de sigilo, classificação e tipos de dados bem como a forma como deverão circular. Estamos buscando todas as informações para nosso relatório, tendo, obviamente, todos os cuidados para evitar especulações indevidas e vazamento de informações”, disse Prates.