TRANSIÇÃO

Alckmin defende políticas sociais e garante responsabilidade fiscal em novo governo

Vice-presidente eleito fez fala para empresários e banqueiros a fim de apaziguar críticas vindas do setor

Alckmin defende políticas sociais e garante responsabilidade fiscal.Geraldo Alckmin (PSB) é vice-presidente eleito e chefe do Gabinete de Transição.Créditos: Rovena Rosa/Agência Brasil
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O vice-presidente eleito e chefe do Gabinete de Transição, Geraldo Alckmin (PSB), esteve em evento neste sábado (26) em São Paulo onde fez declarações interpretadas como resposta à recente escalada de ‘preocupações’ do mercado em relação ao próximo governo. Alckmin garantiu que o terceiro mandato de Lula (PT) irá combinar responsabilidade fiscal com a entrega das políticas sociais que foram prometidas para a maioria mais necessitada.

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“Como sei que há uma preocupação fiscal, quero dizer que quem apostar em irresponsabilidade fiscal vai errar. Mas, além disso, precisamos ter uma agenda de competitividade”, afirmou.

Para Alckmin, não há incompatibilidade entre ter responsabilidade fiscal e proporcionar avanços sociais, o que obriga o país, em sua visão, a promover crescimento com estabilidade, buscando frear possível inflação que produza aumentos de preços - que geralmente atingem com mais força os mais pobres. “Esse é o grande desafio: crescer, atrair investimentos e, por outro lado, procurar melhorar a vida de quem sofre mais”, disse.

O evento do qual Alckmin participou chamava-se 'Os desafios da economia e do desenvolvimento nacional', tendo sido promovido pelo Grupo Esfera Brasil, encabeçado pela CEO Camila Camargo, filha do empresário João Camargo. Ainda estiveram presentes o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o empresário Abílio Diniz e o atual presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas. Todos ouviram o vice-presidente eleito garantir que as reformas trabalhista e previdenciária não serão desfeitas, e de que o retorno do imposto sindical obrigatório não irá ocorrer.

Além disso, Alckmin foi cobrado pelos presentes a respeito do nome que ocupará o Ministério da Fazenda no próximo período. Mas o futuro vice-presidente desconversou, dando a entender que não haveria, ainda, uma decisão final. “Temos que aguardar um pouquinho”, disse. O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), é um dos nomes mais ventilados na imprensa para o ministério, no entanto nada foi confirmado nesse sentido.

*Com informações da Carta Capital.