A tentativa pífia do PL de pedir anulação de parte dos votos do segundo turno em uma representação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dando a vitória ao candidato do partido, Jair Bolsonaro (PL), é apenas um "jogo de cena" para agradar o presidente.
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A confissão teria sido feita pelo próprio presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, em conversa na segunda-feira (21), um dia antes da sigla entrar com a representação na corte eleitoral.
Segundo reportagem de Carla Araújo e Juliana Dal no portal Uol nesta quarta-feira (23), Valdemar se justificou para Gilmar Mendes dizendo que a representação é apenas para agradar Bolsonaro, que segue inconformado com a derrota para Lula.
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Valdemar teria afirmado que sabe que dificilmente o caso vai prosperar na Justiça, mas resolveu fazer a representação para encampar o discurso de que "tentou reverter a injustiça sofrida por Bolsonaro".
Nem mesmo o entorno político de Bolsonaro, segundo a reportagem, acredita que a ação do PL terá algum efeito, além de reforçar o discurso do presidente derrotado junto a apoiadores radicais de que é vítima do "sistema".
Moraes enquadra PL e Bolsonaro.
Presidente do TSE, Alexandre de Moraes determinou que o PL entregue em 24 horas também o número de urnas que deveriam ter os votos anulados no primeiro turno, já que os aparelhos foram os mesmos usados no segundo turno.
O problema é que se o partido questionar a lisura da primeira etapa da eleição, os votos de Bolsonaro e de todos os parlamentares e governadores da sigla estarão sob suspeita, o que eventualmente poderia fazê-los perder os mandatos.
O PL fez dois governadores e tem a maior bancada da Câmara, com 98 deputados federais, além de eleger oito senadores para os 27 assentos disponíveis no pleito deste ano.
De acordo com Moraes, “se as urnas a serem anuladas também no primeiro turno” não foram apontadas até quarta-feira (23), a petição apresentada pelo partido de Bolsonaro “será indeferida”, ou seja, recusada.