O senador Marcelo Castro (MDB-PI), que é também relator-geral do Orçamento do Gabinete de Transição, disse nesta quinta-feira (17) a jornalistas da GloboNews que o próximo governo Lula pretende fazer uma reforma tributária, a fim de taxar lucros e dividendos para financiar o Bolsa Família. De acordo com o emedebista a medida estaria de acordo com um pacto da sociedade com os mais vulneráveis, confirmado com a eleição de Lula (PT) no último dia 30 de outubro.
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Castro ainda disse que a PEC da Transição, apresentada ontem (16), tem caráter emergencial e serviria para o funcionamento básico do país nos primeiros momentos do novo governo. Também afirmou que as reformas, entre elas a tributária, devem ser feitas ainda em 2023 e que o Orçamento de 2024 contemplará todas as mudanças.
O aliado do presidente eleito ainda defende que o novo governo priorize as reformas logo de cara, para que avancem ao longo do primeiro semestre, e explica para os jornalistas que tem atuado junto às negociações sobre a PEC de Transição com vistas a derrubar o teto de gastos em relação aos recursos que serão investidos no Bolsa Família.
Por fim, os jornalistas o questionaram sobre um suposto rombo de R$ 200 bilhões, ao que Castro respondeu que não há qualquer possibilidade de “cheque em branco”, mas que a comissão de transição estuda a questão e em breve irá dizer como será feito o financiamento do programa e quais serão as regras.
*Com informações da Folha de S. Paulo e GloboNews.