JANJA

O Globo defende mesma posição de Eliane Cantanhêde contra Janja em editorial

O jornal lembra que futura primeira-dama não recebeu um só voto e “seu currículo não parece justificar a influência que adquiriu na campanha”

Janja em entrevista ao Fantástico.Créditos: Reprodução de Vídeo
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O jornal O Globo defendeu, em editorial publicado nesta terça-feira (15), posição semelhante a da apresentadora Eliane Cantanhêde com relação ao da papel da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, no governo de seu marido, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O jornal adverte que é desafiador encontrar um papel a cumprir como primeira-dama ou primeiro-cavalheiro, mas destaca que “o mais importante é sempre lembrar quem foi eleito para tomar decisões”.

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O texto afirma também que, ao contrário do que afirmou Janja em entrevista ao Fantástico, de que não tem nenhum papel de articulação política, foi ela “quem telefonou à senadora Simone Tebet depois do primeiro turno para colocá-la em contato com o marido, de modo a garantir apoio na campanha vitoriosa ao Planalto”.

Festa da posse

E afirma ainda: “em comparação com Michele Bolsonaro e cônjuges de outros candidatos, porém, Janja foi bem mais ativa politicamente. Escalou quem entrava em reuniões ou voos com o marido, participou de encontros reservados e nunca deixou de dar sua opinião quando quis. Recentemente, ganhou espaço na transição, com a missão de organizar a festa da posse.”

“A História traz exemplos de quem manteve discrição, sem surfar na onda de popularidade levantada pelos detentores de mandato. Mas também de quem assumiu funções incompatíveis com as atribuições de alguém que não recebeu um só voto”, diz ainda o texto.

O jornal lembra ainda que a futura primeira-dama é formada em Sociologia pela Universidade Federal do Paraná e trabalhou por mais de 10 anos na Itaipu Binacional e por cinco na Eletrobras. E encerra afirmando que “embora seja filiada ao PT desde 1983, não tem histórico de cargos eletivos nem de altos postos no partido. Seu currículo não parece justificar a influência que adquiriu na campanha”.