Jair Bolsonaro (PL) resolveu ignorar a nota da Arquidiocese de Belém, no Pará, e faz uso político na manhã deste sábado (8) do Círio de Nazaré, ato que deve reunir aproximadamente 2,5 milhões de fiéis católicos em 13 procissões previstas para este fim de semana na capital paraense.
No entanto, ao tentar lucrar nas redes sociais com uma foto a bordo no Navio Hidroceanográfico da Marinha do Brasil Garnier Sampaio, a mesma embarcação que conduz a imagem peregrina de Nossa Senhora, Bolsonaro cometeu um erro crasso de português e mostrou que não sabe, ao menos, a grafia do ato.
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Na primeira publicação, que foi apagada, Bolsonaro escreveu "Sírio", com S, que é referente aos nascidos na Síria, e não Círio, que significa procissão.
Rapidamente, Bolsonaro apagou e escreveu com a grafia correta.
Uso político
Em nota assinada pelo arcebispo Dom Alberto Taveira Corrêa, a arquidiocese de Belém rechaçou a tentativa de Bolsonaro de fazer "uso político e partidário" do Círio de Nazaré, que deve reunir aproximadamente 2,5 milhões de fiéis católicos em 13 procissões previstas para este fim de semana na capital paraense.
"Temos o dever de observar a plena liberdade de qualquer cidadão ou cidadã de participar dos eventos do Círio de Nazaré. Todavia, não desejamos e nem permitimos qualquer utilização de caráter político ou partidário das atividades do Círio", diz a nota.
Dom Alberto ainda ressalta "não ter havido nenhum convite da parte da Arquidiocese de Belém, nem da Diretoria da Festa de Nazaré, a qualquer autoridade seja em nível municipal, estadual ou federal" a Bolsonaro, que chegou à cidade na tarde desta sexta-feira (7).