Nesta sexta-feira (7) o ministro Alexandre de Moraes, do Superior Tribunal de Justiça (STF) determinou via despacho que o inquérito das milícias digitais seja prorrogado por mais 90 dias. A investigação que apura possível formação de quadrilha virtual para atacar a democracia e o Estado Democrático de Direito tem seu prazo alongado pela terceira vez.
Moraes disse no despacho que reconhece a necessidade de prosseguir as investigações abertas em julho de 2021. A principal tarefa da Polícia Federal na investigação é descobrir quem articula e quem financia as redes de ódio e desinformação da extrema direita.
Em maio desse ano, Moraes havia determinado que os ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas fossem incluídos no inquérito. Em agosto, após operação da PF na casa de 8 empresários bolsonaristas que defendiam tais teorias nas redes, Moraes determinou que também fossem incluídos nas investigações. É apurada um possível financiamento do grupo às milícias digitais.
“Os elementos de prova colhidos para apuração dos fatos envolvendo a live realizada pelo presidente da República na data de 29/7/2021, devem ser analisados em conjunto com a investigação principal conduzida no Inq 4.874/DF, cujo objeto é uma organização criminosa complexa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político, com objetivo de atacar o Estado Democrático de Direito”, diz Moraes em trecho do documento. As investigações sobre as declarações do presidente e as chamadas milícias digitais seguem em conjunto.
*Com informações do Metrópoles.