Às 19h30, com pouco mais de 98% das urnas apuradas e 50,72% dos votos, o retirante nordestino, torneiro mecânico, sindicalista e mandatário por duas vezes Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, conquistou seu terceiro diploma de Presidente da República Federativa do Brasil e entra para a História como um dos maiores líderes progressistas do mundo.
Exatos 1.087 dias após se tornar novamente livre, saindo pela porta da frente da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba depois de cumprir 580 dias de uma prisão injusta que o tirou das eleições de 2018 - quando liderava as intenções de votos -, Lula venceu Jair Bolsonaro (PL), que alçou a extrema-direita fascista ao poder em 2018.
Após encerrar o segundo mandato em 2010 com recorde de aprovação de 83%, segundo o Ibope, Lula foi vítima de uma perseguição atroz da Lava Jato, uma força-tarefa atrelada aos interesses do neoliberalismo transnacional e da "indústria da corrupção" que, com o auxílio da mídia liberal, promoveu um levante na tentativa de destruir sua reputação.
Tudo em vão.
Ao promover uma ascensão social jamais vista no Brasil, Lula deixou sua marca no coração e na memória de milhões de brasileiros.
Mais que cumprir sua promessa de tirar o país do Mapa da Fome - para onde foi levado novamente após o golpe neoliberal, que alçou um governo fascista de ultradireita conservadora ao poder -, Lula levou milhões de estudantes pobres à Universidade, domésticas aos aeroportos e transformou em realidade os sonhos daqueles que votaram em 2002 com esperança para vencer o medo.
Neste 30 de outubro de 2022, esse mesmo povo, com destaque para mulheres, pobres, pretos, indígenas, LGBT's, resgataram esse antigo sonho e fizeram com que, desta vez, o amor vencesse o medo e o terror.
Aos 77 anos, Lula varre a ultradireita conservadora comandada por Jair Bolsonaro do poder - e quiçá do país -, resgata as cores verde e amarelas que foram sequestradas e voltará, no dia 1º de Janeiro de 2022, pela porta da frente do Palácio do Planalto para cumprir seu terceiro mandato como Presidente da República. Como nunca antes na história desse país.
E entra para a História como maior líder humanista e progressista do Mundo, se colocando ao lado de figuras como Nelson Mandela.