ATAQUE À DEMOCRACIA

Lula presta solidariedade aos policiais baleados por Roberto Jefferson e ignorados por Bolsonaro

O aliado e amigo do presidente se recusou a se entregar à PF e recebeu os agentes com tiros de armas de fogo

Lula presta solidariedade aos policiais baleados por Roberto Jefferson e ignorados por Bolsonaro.Créditos: Reprodução/ redes sociais
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O ex-presidente Lula (PT), além de repudiar o atentado terrorista perpetrado por Robert Jefferson contra agentes da Polícia Federal (PF), prestou solidariedade aos agentes que foram baleados por Jefferson, amigo do presidente Bolsonaro (PL). 

 


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Por meio de suas redes, o líder petista desejou "rápida recuperação" aos policiais atingidos por disparos feitos por Roberto Jefferson. 

"Minha solidariedade ao delegado Marcelo Vilella e a policial Karina Lino Miranda de Oliveira, feridos quando estavam apenas exercendo seu dever. Torcendo pela rápida recuperação. A democracia e a civilização vencerão a barbárie", escreveu Lula em seu perfil no Twitter. 

O presidente Bolsonaro, que desde sempre se apresenta como um aliado e amigo dos agentes de segurança pública, não prestou solidariedades aos policiais que foram baleados por seu amigo Roberto Jefferson. No entanto, atacou o Supremo Tribunal Federal (STF) e enviou o seu ministro da Justiça, Anderson Torres, à casa de Jefferson. 


Lula cita Bolsonaro ao comentar tiros de Roberto Jefferson contra PF: "Máquina de destruição" 

 


Em coletiva de imprensa concedida na tarde deste domingo (23) em São Paulo (SP), o ex-presidente Lula (PT) comentou sobre o fato de o ex-deputado Roberto Jefferson ter atirado contra agentes da Polícia Federal. 

O bolsonarista recebeu a PF, que foi até sua casa no Rio de Janeiro cumprir mandado de prisão, a tiros, e acabou ferindo, ao menos, uma policial. Jefferson estava em prisão domiciliar, que foi revogada após fazer ataques à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), desrespeitando as condições que permitiram que ele ficasse preso em casa. 

"As ofensas que esse cidadão, que eu prefiro não citar o nome, fez à ministra Cármen Lúcia, não é possível de serem aceitas por ninguém que ama a democracia. Ninguém tem o direito de utilizar os palavrões que ele utilizou contra uma pessoa comum, quanto mais uma ministra da Suprema Corte", disse Lula. 

Na sequência, o ex-presidente declarou que foi informado sobre os tiros que Jefferson desferiu contra a PF e que teria ficado sabendo, inclusive, que o ex-deputado lançou uma granada contra a viatura. 

"Não é um comportamento normal. Isso não aconteceu na política brasileira nunca, nunca vimos uma aberração dessas, uma cretinice que esse cidadão, que é meu adversário, estabeleceu no país", pontuou o petista, se referindo a Jair Bolsonaro (PL), aliado de Jefferson. 

O ex-presidente, então, passou a associar a atitude de Roberto Jefferson ao comportamento de Bolsonaro. "Ele [Bolsonaro] conseguiu criar nesse país uma parcela da sociedade raivosa, com ódio, mentirosa (...) Acho que isso gera o comportamento como esse do ex-deputado e de algumas pessoas que seguem nosso adversário. Não é a primeira violência", atestou. 

"É uma máquina de destruição dos valores democráticos. É isso o que está acontecendo no Brasil e contra isso que o povo deve se dirigir às urnas no dia 30 de outubro", emendou Lula.