O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou e o Twitter apagou neste sábado (22) duas postagens do deputado federal André Janones (Avante-MG) que faziam menções negativas ao presidente Bolsonaro (PL).
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A decisão, que é assinada pelo ministro Paulo de Tarso Vieira Sanseverino, atende a um pedido da campanha de Bolsonaro e é a primeira que se enquadra no novo padrão do TSE de combate às fake news. Ou seja, foi dado ao Twitter o prazo de duas horas para que apagasse as publicações. Caso contrário, uma multa de R$ 100 mil por hora seria aplicada.
Os posts derrubados de Janones afirmavam que Bolsonaro "ajudou a matar 400 mil pessoas" e classificada o mandatário como "assassino", "miliciano" e "fascista". A defesa de Bolsonaro alegou que tais publicações infringiram a legislação eleitoral ao vincular "gravíssimas ofensas à honra e à imagem do Presidente da República, além de zombar da própria Justiça Eleitoral'.
André Janones se manifestou por meio de suas redes sociais sobre a decisão. "AGORA É OFICIAL: BOLSONARO ME CALOU! Desculpem, mas não vou mais mostrar as falas dele aqui, estou proibido! A partir de agora só farei elogios a ele e ao governo!", criticou.
Em outra publicação, Janones escreveu: "Eu não posso mais fazer críticas ao governo, por isso, não subam a tag: Bolsonaro censurou Janones", escreveu.
Já em outra publicação, o parlamentar escreveu que "este tweet foi removido por ser considerado conteúdo ofensivo pelo dops de Bolsonaro".
A presidenta do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, se solidarizou com Janones. "Todo apoio ao amigo André Janones, que vem sendo vítima de perseguição por bolsonarista. Sinal de que sentiram! Não são eles que são contra a censura? Bolsonaro censurou Janones", escreveu Gleisi.