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Lula poderá usar Twitter de Bolsonaro para se defender, determina TSE

Petista ganhou direito de resposta que deverá ser publicado pelo perfil do atual presidente na rede social

Lula poderá publicar resposta no Twitter de Bolsonaro.Créditos: Ricardo Stuckert / Reprodução
Escrito en POLÍTICA el

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por maioria, concedeu ao ex-presidente Lula (PT) um direito de resposta que deverá ser publicado no perfil oficial de Jair Bolsonaro (PL) no Twitter

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Trata-se de uma resposta a ação protocolada pela campanha de Lula contra declarações de Bolsonaro, feitas na mesma rede social, acusando o petista de ligações com a organização criminosa PCC

Relatora da ação, a ministra Cármen Lúcia votou a favor do direito de resposta a Lula e foi acompanhada por pelos ministros Benedito Gonçalves, Raul Araújo, Sérgio Banhos, Ricardo Lewandowski e Alexandre de Moraes. Carlos Horbach foi o único voto vencido. 

A campanha de Lula poderá responder a três publicações feitas por Bolsonaro tentando ligar o petista ao PCC e as postagens do ex-presidente deverão ser publicadas no próprio perfil do atual presidente. Segundo o TSE, o direito de resposta deve ser aplicado "imediatamente". 

Lula recusa acordo para outros direitos de resposta 

O ex-presidente Lula (PT) recusou nesta sexta-feira (21) proposta de acordo com a campanha de Jair Bolsonaro (PL) feita mais cedo pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes. 

O magistrado havia convocado advogados da campanha do petista e do atual presidente com o objetivo de estabelecer um acordo para que ambas as partes abrissem mão das ações de direito de resposta que tramitam na Corte eleitoral. 

A atitude de Moraes vem após a ministra Maria Claudia Bucchianeri suspender decisão que concedia a Lula direito de resposta através de 164 inserções de 30 segundos cada do petista no programa eleitoral de Bolsonaro na televisão. O caso agora será julgado pelo plenário do tribunal. O atual mandatário, por sua vez, conseguiu junto ao TSE direito de resposta com 14 inserções em programas do ex-presidente. 

Lula, porém, rejeita qualquer acordo com Bolsonaro. "Nós festejamos [os direitos de resposta] porque é a oportunidade da gente rebater as mentiras que Bolsonaro contou e as monstruosidades que eles têm capacidade de fazer, e depois a juíza deu efeito suspensivo. Hoje, falei com o advogado, ele ia falar com Alexandre de Moraes, houve uma proposta de acordo, eu disse que não tem acordo. Se nós ganhamos, nós ganhamos 184 [inserções] e perdemos 14. Ele [Bolsonaro] que utilize nossas 14 [inserções] e nós usamos as 184 dele (...) A gente não pode entrar no jogo rasteiro de Bolsonaro", disse o ex-presidente durante coletiva de imprensa em Juiz de Fora (MG). 

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"Se a gente ganhar direito de resposta a gente vai aproveitar pra falar coisas mais sérias, pra falar com o povo, o que nós vamos fazer com o salário mínimo, o imposto de renda, as pessoas endividadas. Esses são os assuntos que interessam ao povo. É difícil porque com o meu adversário não é possível você fazer uma campanha normal, a dele é anormal. A quantidade de mentira que a rede social dele conta por dia é um negócio que não tem precedentes", declarou ainda.