Darci Piana (PSD), vice de Ratinho Júnior (PSD) e governador em exercício do Paraná, usou um evento do Tribunal de Contas do Estado para pedir votos ao presidente Jair Bolsonaro (PL). O evento, considerado um encontro técnico e financiado com dinheiro público, contou a presença de 200 prefeitos paranaenses.
“Se eu não fizer isso, o deputado federal Ricardo Barros (PP) vai me pegar ali fora”, brincou o governador em exercício antes de ir ao ponto. “Eu quero pedir a todos vocês um segundo turno voltado às necessidades desse país. Não podemos perder a visão de futuro, a tranquilidade política e principalmente a questão da vida do nosso país. Então a gente pede um esforço muito grande a todos vocês que nos ajudaram a fazerem um pouco mais ainda, para que neste segundo turno a gente consiga levar o 22 para a presidência da República”, declarou Piana.
O governador em exercício ainda teria afirmado que fez a declaração a pedido do governador titular, Ratinho Júnior, que se encontra em viagem aos Estados Unidos. Mas para a lei eleitoral não importa quem fez o pedido. O fato da declaração ter sido dada em um evento considerado “técnico” e organizado com dinheiro público, configura uma ilegalidade.
"Não há surpresa alguma. Depois dos disparos de mensagens bolsonaristas pela CELEPAR, agora o governo entrou com tudo na campanha de Jair Bolsonaro, inclusive o próprio vice-governador. As denúncias por servidores e até prefeitos estão se acumulando, o próximo passo é condenar todos os que estão se aproveitando da máquina para usos eleitorais”, destaca Luiz Eduardo Peccinin, advogado do PT do Paraná (PT-PR)
Em nota, a Federação Brasil da Esperança, composta por PT, PCdoB e PV declarou que denunciou o governador em exercício do Paraná ao Ministério Público Eleitoral por crimes contra a administração pública, improbidade administrativa e abuso de poder político.
“É inadmissível a postura do vice-governador. Usar um evento do Tribunal de Contas do Estado, ou seja, um evento de órgão público, pago com dinheiro público, para pedir votos ao Jair Bolsonaro? Desde quando se pode fazer propaganda eleitoral em um espaço desse? Isso é crime e tomaremos medidas judiciais e políticas contra isso”, declarou Arilson Chiorato, deputado estadual reeleito e presidente do PT-PR.
Leia a seguir a nota da Federação Brasil da Esperança na íntegra
Federação Brasil da Esperança denuncia Darci Piana ao MP-PR e ao ministério Público Eleitoral
Governador em exercício usou evento público para pedir votos para Bolsonaro
A Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) denunciou ao Ministério Público Estadual (MP-PR) e ao Ministério Público Eleitoral o governador em exercício do Paraná, Darci Piana, por crimes contra a administração pública e improbidade administrativa, além de abuso de poder político. “É inadmissível a postura do vice-governador. Usar um evento do Tribunal de Contas do Estado, ou seja, um evento de órgão público, pago com dinheiro público, para pedir votos ao Jair Bolsonaro? Desde quando se pode fazer propaganda eleitoral em um espaço desse? Isso é crime e tomaremos medidas judiciais e políticas contra isso”, declara indignado Arilson Chiorato, deputado estadual reeleito e presidente do Partido dos Trabalhadores do Paraná (PT-PR).
Chiorato se refere ao fato de, na manhã de hoje (10), durante a abertura do seminário Nova PCA: Cenários para Prefeitos e Vereadores, realizado pelo Tribunal de Contas do Paraná (TCE), Piana ter utilizado o espaço para solicitar votos para o atual presidente da República. O evento foi criado para tirar dúvidas de representantes municipais a respeito das prestações de contas anuais, portanto, na avaliação da Federação, o uso político do evento se configura como crime eleitoral.
“Não há surpresa alguma. Depois dos disparos de mensagens bolsonaristas pela CELEPAR, agora o governo entrou com tudo na campanha de Jair Bolsonaro, inclusive o próprio vice-governador. As denúncias por servidores e até prefeitos estão se acumulando, o próximo passo é condenar todos os que estão se aproveitando da máquina para usos eleitorais”, destaca Luiz Eduardo Peccinin, advogado do Partido dos Trabalhadores do Paraná (PT-PR).