ELEIÇÕES 2022

“Bolsonaro mente e Lula garante Bolsa Família de R$ 600”, diz ex-ministra

Tereza Campello afirma que, além do compromisso do ex-presidente, ele pretende assegurar um acréscimo de R$ 150 por filho até 6 anos de idade

Em caso de vitória, Lula promete fortalecer o Bolsa Família.Créditos: Agência Brasil
Escrito en POLÍTICA el

A economista e professora Tereza Campello, ex-ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, no período de 2011 a 2016, rebateu afirmações de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), de que o ex-presidente Lula (PT) não vai assegurar R$ 600 para o programa Bolsa Família, em caso de vitória no segundo turno.

“Estamos ouvindo de beneficiários que o governo atual tem espalhado que o presidente Lula não tem compromisso com os R$ 600, o que não procede. Ele já se comprometeu. Além disso, ele pretende garantir um acréscimo de R$ 150 por filho de até 6 anos de idade", afirma a economista, em entrevista à Fórum.

“Quem não tem compromisso com os R$ 600 é o presidente Bolsonaro, que diz, também, que vai manter, só que ele podia colocar no orçamento e não colocou. O projeto de lei orçamentária para 2023 não tem recursos para garantir os R$ 600. Essa é a maior prova de que ele está mentindo”, destaca Tereza.

A ex-ministra diz, ainda, que Bolsonaro afirma que vai pagar 13º salário para os beneficiários do programa. “Ele já prometeu isso em 2018, não cumpriu a promessa. Pagou em um ano um abono, não fez o 13º do Bolsa Família. Agora, quatro anos depois, vem prometer de novo, porque é véspera de eleições, repetindo a mentira criminosa e gerando essa ilusão”.

Ela lembra que, além disso, “os recursos do Bolsa Família não estão previstos no orçamento, que é ele mesmo quem envia. Portanto, ele não tem o menor interesse em pagar, já que sequer fez essa previsão orçamentária para 2023”.

Tereza ressalta que o atual presidente faz questão de confundir o eleitorado. “Ele fala do Bolsa Família a R$ 190. O Bolsa Família do nosso governo ficou congelado. É lógico que está desfasado. Ele poderia ter aumentado o valor do programa em janeiro de 2019, quando assumiu”, acrescenta.

“Vamos relembrar que o Bolsa Família ficou congelado durante o governo Temer. Quando Bolsonaro assumiu, ele poderia ter reajustado por decreto. Não precisava nem projeto de lei. Ele não reajustou em 2019, não reajustou em 2020, não reajustou em 2021. Aí, chegou no final de 2021, às vésperas do ano eleitoral, ele resolveu acabar com o Bolsa Família, criar um outro programa e dizer que o Bolsa Família estava defasado. Estava defasado porque ele defasou”, ressalta a economista.

“Esta é uma questão superimportante: quem congelou o Bolsa Família? Bolsonaro. Agora, vem dizer que o programa estava congelado. A cara de pau, realmente, chegou em um limite insustentável", completa Tereza.

A economista aponta que Bolsonaro “partiu para a baixaria e fake news”

Tereza postou vários tuítes para restabelecer a verdade sobre o programa Bolsa Família. Ela aponta que Bolsonaro “partiu para a baixaria e fake news”. Veja as postagens da ex-ministra:

“Você conhece a proposta de Lula para o Bolsa Família? Siga o fio e ajude a divulgar a verdade. Bozo partiu para a baixaria e fake news, pois é incapaz de enfrentar a pobreza e de disputar a credibilidade de Lula junto aos eleitores de baixa renda”.

“O Governo Lula manterá os R$ 600. Quem está recebendo fique tranquilo. Lula tem palavra. Ao contrário de Bolsonaro, que não tem compromisso e não colocou recursos no Orçamento de 2023 para pagar os R$ 600. Não fez porque não pretende cumprir”.

“Além dos R$ 600 por família, vamos criar as condições para pagar um valor a mais, de R$ 150 por cada criança de 0 a 6 anos. Esse será um primeiro passo para mais justiça e equidade. Vamos voltar a considerar o tamanho das famílias”.

“O Bolsa Família funcionou por 18 anos. Nós nunca interrompemos pagamentos, nunca mudamos critérios na surdina e nem demos benefícios em véspera de eleição. Bozo deixou o Bolsa Família congelado por 3 anos e na última hora aparece com promessas. É o Bolsa Fiado!”.

“As famílias precisam de estabilidade e segurança. Saber que podem contar com o dinheiro na data certa. Não pode ser essa incerteza. Um mês tem no outro desaparece, muda a data e a regra. Quem tem fome e tem criança precisa ter segurança para se organizar e botar comida na mesa”.

“Nossa proposta de enfrentamento da pobreza vai muito além do Bolsa Família ampliado com no mínimo de R$ 600 e do adicional de R$ 150. Vamos valorizar o Salário Mínimo com aumentos acima da inflação e gerar empregos decentes”.

“Vamos reconstruir o SUAS e SISAN que perderam quase 100% dos recursos com Bozo. Vamos recriar o CONSEA, garantir merenda escolar com comida de verdade, vamos recuperar o PAA e as cisternas”.

“Quero relembrar que Lula criou o Bolsa Família no primeiro ano de governo, em 2003. Não deixamos para fazer coisas na última hora, as vésperas da eleição. Ou prometer fiado”.