O ex-presidente Lula (PT), através das redes sociais, comentou na noite deste sábado (1º) a tentativa de Jair Bolsonaro (PL) de limitar a oferta de transporte público neste domingo (2), dia do primeiro turno das eleições.
Mais cedo, a campanha do atual presidente entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) questionando a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que as cidades mantenham a oferta de transporte público a níveis normais no dia da votação.
"Aqui a esperança. O outro lado está com medo do seu voto", diz postagem no perfil oficial de Lula no Twitter, que acompanha o link de uma matéria sobre a tentativa de Bolsonaro de limitar o transporte.
Entenda
Na iminência de ser derrotado já no primeiro turno, Jair Bolsonaro (PL) apelou e tentou limitar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que cidades mantenham oferta de transportes públicos no dia das eleições. A intenção era fazer com que as classes mais carentes, que predominantemente votam no ex-presidente Lula (PT), não tivessem acesso às urnas.
Porém, a manobra não deu certo. Benedito Gonçalves, ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), classificou como “absurda” a tentativa e negou o pedido da campanha de Bolsonaro.
Gonçalves observou que há riscos de a tese lançada pela campanha bolsonarista se transformar em desinformação. Por isso, determinou que o Ministério Público (MP) adote providências para evitar a propagação de dados falsos sobre a oferta do serviço pelas prefeituras neste domingo (2).
A campanha de Bolsonaro questionou na Justiça Eleitoral a decisão de Luís Roberto Barroso, ministro do STF, que determinou que o transporte público urbano seja mantido em níveis normais no dia das eleições.
Os bolsonaristas, sem nenhuma justificativa lógica, solicitaram que o TSE delimitasse o alcance da decisão individual de Barroso.
Contudo, Gonçalves argumentou que a coligação busca uma interferência externa, o que, além de ser juridicamente anômalo, serviria apenas para gerar dúvidas quanto à autoridade do tribunal que determinou a medida.
Conforme o ministro, é preocupante a narrativa de que a decisão de Barroso poderia lançar prefeitos à prática de crime eleitoral consubstanciado no transporte irregular de eleitores.