Beatriz Macedo Lopes, filha do médico-cirurgião Antônio Luiz Macedo, que cuida do presidente Jair Bolsonaro (PL), enviou mensagem ao colunista Felipe Moura Brasil em que faz a defesa do pai. Além disso, ela afirma que votou em Bolsonaro, mas se arrependeu e não o apoia mais e que o pai nunca recebeu um centavo por tratar o presidente.
“A facada, como você sabe, foi real e causou sequelas que provavelmente acompanharão Bolsonaro pelo resto da vida. As cirurgias foram complexas e, por muito pouco, ele conseguiu retirar a bolsa de colostomia, mas sobraram inúmeras aderências que eventualmente causam suboclusão intestinal, obstrução, então de fato ele passou mal: não é um atestado médico, é real”, afirmou.
Paralisia facial
De acordo com ela, seu pai sofreu um acidente com 12 anos e teve uma paralisia facial. “Ele sofreu muito e é um vencedor, alguém que se fez sozinho na vida. Faz em média 600 cirurgias por ano, opera pessoas de graça também e tudo que conquistou foi por mérito dele”, conta.
Beatriz diz que o pai "é um cidadão sério que estava em Nassau, Bahamas, Caribe, e de lá não saem voos todos os dias, só às terças e quintas. Como era urgente, ele precisou sair na terça de lá, então o hospital em que ele trabalha enviou o avião para buscá-lo. Não foi avião da FAB, não foi avião pago pelo governo, nada disso”.
A filha conta que foi seu pai, o cirurgião Antônio Luiz Macedo, “que mexeu na barriga do Bolsonaro, que é uma barriga difícil em virtude da facada e de todos os procedimentos posteriores a que ele foi submetido. Então, caso se tornasse cirúrgico, nenhum assistente dele que estava aqui se sentiu apto a operar, a cuidar do presidente sem meu pai. Foi isso; não existe qualquer mentira ou segredo; tem exames, laudos, tudo das cirurgias”.
"Aliás, meu pai nunca recebeu um real por ter tratado do Bolsonaro, jamais cobrou nada. O governo, nem ninguém, nunca pagou nada a ele", completa.
Não foi golpe
Ela recorda que na época da outra eleição, a de 2018, “o então candidato estava fragilizado e não tinha como participar de debates, não foi golpe algum, apenas conduta médica que ele achou pertinente no momento”.
A filha do cirurgião reitera que “a facada foi verdadeira que trouxe sequelas e eventualmente este quadro poderá se repetir, mas as pessoas são tão ignorantes que não pesquisam, não se informam, julgam sem saber da parte técnica”.
Ela encerra contando a história do pai: “quando ele era jovem e tinha entrado na faculdade, um professor disse para o meu pai que ele jamais seria um cirurgião devido ao defeito na face, que deixou um olho dele com a necessidade de usar um pesinho para fechar. E este mesmo professor, anos depois, foi operado por ele e teve a vida salva”.
E pergunta: “que país é esse em que não valorizam uma história linda de superação e se atentam a ofender e ridicularizar um defeito no rosto que tanto trouxe tristeza e sofrimento para ele e para todos nós sua família!?”
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Com informações da coluna de Felipe Moura Brasil