A “cúpula” do MBL (Movimento Brasil Livre), uma think tank paulista de recorte juvenil que surfou a onda do antipetismo em 2016, se filiou ao Podemos na noite desta quarta-feira (26), firmando sua aliança com o ex-juiz Sergio Moro para endossar sua campanha rumo ao Palácio do Planalto.
Com baixa popularidade dentro e fora da internet, Moro se aproxima de movimentos que apoiaram Jair Bolsonaro (PL) em 2018 e hoje rejeitam o presidente. Além do MBL, o ex-juiz da Lava Jato recebeu o apoio do grupo de extrema direita Vem Pra Rua.
"Assinei com o movimento termo de compromisso com as seguintes pautas: o fim da reeleição, o fim do foro privilegiado, a prisão após segunda instância, as reformas econômicas e a erradicação da pobreza, entre outras", escreveu Moro em publicação nas redes sociais.
Ações coordenadas da milícia virtual
Desde que se uniram a Moro, os movimentos já começaram a montar sua estratégia de milícia virtual com publicações coordenadas a favor do ex-juiz e críticas aos adversários que impedem sua ascensão na disputa para a Presidência.
A primeira ação mais explícita ocorreu há uma semana, quando o perfil oficial do MBL e políticos como o deputado federal Kim Kataguiri e Adelaide Oliveira, uma das coordenadoras do movimento, impulsionaram a tag #LulaCanalha.
No dia seguinte, foi a vez de #BolsonaroCovarde, novamente com o endosso de integrantes do grupo, como o deputado estadual de São Paulo Arthur do Val, que está deixando o Patriota e deve concorrer ao governo estadual.
Com o apoio do MBL, nesta quarta-feira (26), foi disseminada a hashtag #LulaArregou, escrita em primeira mão por Moro, que usou a expressão ao replicar uma notícia dizendo que o ex-presidente havia mandado o PT desistir da CPI para investigar a relação do ex-ministro com a consultoria Alvarez & Marsal.