Michel Temer (MDB) afirmou em entrevista à CNN, nesta quinta-feira (13), que o seu partido, o MDB, é formado por “muitas tendências”, e uma delas defende o apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já no primeiro turno.
“Há uma tendência muito natural, especialmente em eminentes nomes no Nordeste, que estão muito ligados ao eleitorado local. E o eleitorado local, muitas vezes, faz com que eles sejam conduzidos a uma candidatura ‘A’ ou ‘B’, no caso, a candidatura do ex-presidente Lula. Mas ainda faltam 9 meses”, disse.
Primeiro turno
Temer alertou, sem dizer o nome de Lula, que "levar no primeiro turno não é fácil".
"Com o país dividido como está, em grupo Lula, Bolsonaro e terceira via, é difícil ter eleição em primeiro turno", disse.
Questionado se já chegou a conversar com Lula sobre as eleições de 2022, ele afirmou ter sido contatado por um intermediário, mas que apoia integralmente a pré-candidata de seu partido, Simone Tebet.
Erro de Bolsonaro
Temer afirmou ainda que o presidente Jair Bolsonaro (PL) teria reeleição certa se tivesse unificado o enfrentamento da pandemia.
De acordo com ele, se o atual mandatário tivesse reunido estados, Poderes e partidos, hoje "ninguém tiraria a eleição dele".
Temer acha que Bolsonaro cometeu "um equívoco" ao combater a vacina e tem afastado os que são a favor da imunização.
A postura do atual mandatário, para Temer, especialmente em relação à vacinação de crianças, mostra falta de "raciocínio pragmático" de buscar votos além da sua base de apoio.