O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubbo, recomendou neste sábado que a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros adotem medidas para impedir a participação de PMs e bombeiros nos atos golpistas do 7 de setembro. Enquanto o presidente Jair Bolsonaro defende a presença dos agentes, governadores anunciaram que pode haver punição.
Segundo informações de Pepita Ortega e Fausto Macedo, do Estadão, recomendação expedida pelo chefe do MP paulista ao secretário estadual de segurança cogita até uso da força.
"Determine aos Senhores Comandantes da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo que adotem todas as medidas que lhes são ofertadas pela legislação vigente para prevenir, buscar, e se for o caso, fazer cessar, inclusive por meio da força, qualquer forma de atos/manifestações promovidas e/ou integradas por policiais militares estaduais em atividade, de serviço ou não, inclusive utilizando-se dos meios dispostos pelo estado de São Paulo para a consecução do serviço ostensivo, no contexto de atos alusivos a manifestações político-partidárias de qualquer natureza", pede.
Além disso, Sarubbo recomenda "instauração de procedimentos administrativos, tão logo identifique envolvidos em
atos da espécie".
O procurador destaca ainda que "o ordenamento jurídico repudia a ação de grupos armados, civis ou militares, que se reúnam com o objetivo de promover a ruptura da ordem constitucional vigente e do Estado Democrático, concebendo tais práticas como crimes inafiançáveis e imprescritíveis".
Bolsonaro defende PMs
Durante discurso feito em evento conservador neste sábado, Bolsonaro defendeu a presença de PMs nos atos do 7 de setembro.
“Hoje você vê alguns governadores ameaçando expulsar policiais militares que porventura estejam de folga no dia 7 e compareçam para festejar o 7 de setembro, Se nós falarmos ‘eu não sou policial militar, não tenho nada a ver com isso’, aguarde que a sua hora vai chegar”, afirmou.
Confira aqui a íntegra da recomendação, obtida pelo Estadão