Com o fim da CPI do Genocídio marcado para 20 de outubro, a CPMI das Fake News já volta ao radar. A expectativa é que a comissão seja reinstalada após o recesso de fim de ano e mire as eleições de 2022.
O senador Angelo Coronel (PSD-BA), presidente da CPMI, deu uma previsão ao jornalista Leandro Resende, da CNN Brasil, nesta sexta-feira (30). Segundo o parlamentar, a comissão que investiga fake news retomará os trabalhos em fevereiro de 2022.
A CPMI foi paralisada em razão da pandemia da Covid-19, que fez as sessões presenciais serem suspensas.
Segundo Coronel, a nova fase da comissão vai deixar para trás a eleição de 2018 e pretende seguir por novos caminhos. "Eleição de 2018 é página virada”, disse. O senador, no entanto, pretende buscar meios para “evitar que fake news influenciem o resultado das eleições de 2022”.
"Vamos ter que reformular o plano de trabalho. Vou conversar com o Omar Aziz quando os trabalhos voltarem. Precisamos discutir o anonimato nas redes sociais e formas de rastrear quem usa as plataformas para xingar as pessoas", disse à CNN.
A CPMI
A relatora da CPMI é a deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA). Os momentos mais agitados da comissão foram quando a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) e o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) prestaram depoimento e desnudaram o esquema das milícias digitais bolsonaristas.
Joice levou à comissão um dossiê de 144 páginas e uma apresentação de PowerPoint que mostram as estratégias de atuação do Gabinete do Ódio do Palácio do Planalto, que seria comandado por Carlos Bolsonaro.