Ensaiando sua saída do PSDB, o ex-governador Geraldo Alckmin participou neste sábado (25) do primeiro encontro regional das juventudes do PSB e PSD que teve como mote "tchau, Doria", com fortes críticas ao governador tucano de São Paulo.
Coube ao ex-governador, Márcio França (PSB) - que assumiu o governo em 2018, após Alckmin renunciar para concorrer à Presidência da República - puxar o coro.
“Estou para encontrar um sujeito que votou nesse cara e acha que ele está indo bem. Nem na família dele a gente encontra. É por isso que nós temos que falar: Tchau, Doria”, dando o tom para o protesto contra Doria.
Ao lado de Alckmin, do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e do presidente do PSD, Gilberto Kassab, França ainda ironizou o governador tucano, dizendo que ele é o único capaz de unir o Brasil.
“Metade [do Brasil] gosta do [ex-presidente] Lula, do PT, desse povo. Metade não gosta. Outra metade gosta do [presidente Jair] Bolsonaro, outra metade não. O único homem que pode unir o Brasil é o João Doria: 100% não gosta”, disse.
Sem citar Doria, Alckmin usou a tese de Jair Bolsonaro (Sem partido) que culpa o ICMS dos estados pelo alto preço dos combustíveis, para atacar o correligionário.
“Reduzir de 25% para 12% a alíquota do ICMS do querosene, do transporte dos ricos [aviões], e aumentar o ICMS do diesel, do ônibus do trabalhador, do caminhão… Vejam o preço que está o diesel do caminhão. Não é razoável”, disse.
Alckmin foi convidado para ingressar no PSD. “O PSD, espontaneamente, ouvindo todos o seus quadros, procurou Geraldo Alckmin e manifestou a sua posição. Onde ele estiver, caso disponibilize o seu nome para ser candidato a governador, conta com nosso entusiasmo. O PSD estará incondicionalmente ao seu lado”, disse Kassab no encontro, que aconteceu em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo.
Skaf limitou-se a criticar "Doria e sua turma" e lançou uma proposta para unir os presentes. “Vamos estar juntos. Eu diria não por São Paulo, mas, sim, pelo Brasil”.