Aos 36 anos recém completados no último dia 17, o historiador e cientista político Juliano Medeiros foi reeleito presidente do PSOL em eleição realizado no 7º Congresso Nacional do partido, realizada neste domingo (26).
A chapa PSOL de Todas as Lutas obteve 228 votos dos 402 delegados do partido e garantiu mais quatro anos de mandato ao historiador gaúcho, eleito pela primeira vez em 2017.
Juliano foi dirigente da União Nacional dos Estudantes (UNE) por duas gestões (2005-2007 e 2007-2009), já foi coordenador político da bancada de deputados federais do PSOL e também presidente da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco (2015-2017). É graduado em História pela Universidade de Brasília (UnB), onde também cursou o mestrado no Programa de Pós-Graduação em História e o doutorado no Instituto de Ciência Política da UnB (Ipol/UNB).
Unidade da esquerda
No Congresso, o PSOL também decidiu não apresentar uma pré-candidatura do partido à Presidência da República para que o partido busque centrar esforços na construção de uma frente eleitoral das esquerdas unitária no plano nacional.
No primeiro semestre de 2022, o partido vai convocar uma Conferência Eleitoral Extraordinária para tomar as decisões finais sobre a tática eleitoral do partido, políticas de alianças, distribuição de fundo partidário, regulamentação de candidaturas coletivas e outros temas pertinentes.
“As eleições de 2022 são parte decisiva do processo de superação da extrema-direita. É preciso reunir forças sociais e políticas para, em primeiro lugar derrotar Bolsonaro, e a partir de 2023 lutar pela superação da profunda crise social, política, econômica, sanitária e ambiental que vivemos”, diz o partido em resolução.
"A prioridade, em nível nacional, deve ser a construção da unidade entre os setores populares para assegurar a derrota da extrema-direita. Esse processo de diálogo deve envolver elementos programáticos, arco de alianças e não pode ser uma via de mão única”, diz o texto.
Leia a íntegra da resolução eleitoral do PSOL