O ruralista Otaviano Pivetta (Sem Partido), de 62 anos, vice-governador do Mato Grosso, foi acusado no último dia 7 de julho, pela esposa, a advogada Viviane Cristina Kawamoto, com quem é casado desde 2019, de tê-la espancado na casa que tem em Itapema, litoral de Santa Catarina.
Um laudo de corpo de delito feito pelo Corpo de Bombeiros de Itapema divulgado nesta segunda-feira (2), comprovou a agressão sofrida por Viviane. Pivetta foi indiciado por crime de lesão corporal leve e responderá à ação no Fórum Criminal do município catarinense. A Justiça já abriu prazo para que o Ministério Público se manifeste.
O laudo apontou escoriações e hematomas na testa, braços e coxas de Viviane que, depois da surra, acionou a polícia duas vezes. Na primeira, tão logo foi atendida, desligou o telefone sem nada falar. Na segunda, informou que fora agredida pelo marido. Policiais foram buscar o casal e o levaram para uma delegacia.
Pivetta negou o crime. Ele firmou que sua esposa se feriu ao morder uma de suas mãos. A todo o momento ele repetia aos policiais que era vice-governador do Mato Grosso e que não poderia ser preso. Foi detido e teve que pagar uma fiança de R$ 6,6 mil para ser solto.
Ele soltou uma nota na semana passada. Veja abaixo:
“O vice-governador Otaviano Pivetta e sua esposa Viviane Kawamoto Pivetta informam que o desentendimento em Itapema, Santa Catarina, no dia 7 de julho, se tratou de uma discussão de casal e o boletim de ocorrência registrado não condiz com o que realmente ocorreu. Otaviano e Viviane têm o mesmo defensor, que já está atuando para arquivar o caso. Por ser uma questão pessoal, o casal informa que o caso diz respeito apenas ao âmbito familiar.”
Forbes
Pivetta, que tem seis filhos e quatro netos, foi apontado pela revista Forbes, em 2014, como um dos políticos mais ricos do país. Na lista ele aparecia como o quarto colocado, à frente de Paulo Maluf, ex-governador de São Paulo. Seu patrimônio líquido: 100 milhões de dólares. Origem de sua fortuna: o agronegócio.
Ciro no primeiro turno e Bolsonaro no segundo
Pivetta era do PDT, mas deixou o partido. Nas eleições de 2018, votou em Ciro Gomes no primeiro turno, mas com a polarização Bolsonaro x Haddad, optou por votar no hoje presidente. Bolsonaro, de acordo com ele, o surpreendeu positivamente e passou a ter o seu respeito. Ele considera que o presidente montou excelente quadro de ministros e vem promovendo mudanças necessárias.
Com informações do Blog do Noblat no Metrópoles