As voltinhas aleatórias de moto do presidente Jair Bolsonaro pelo Brasil têm custado caro aos contribuintes. No passeio realizado em São Paulo no dia 12 de junho, por exemplo, foram gastos R$ 476.393,35 nos preparatórios para o evento, que se repete em várias cidades do país, sempre aos sábados.
De acordo com dados divulgados pela Secretaria-Geral da Presidência da República, foi o cartão corporativo da Secretaria Especial de Administração (SA/PR) que custeou as faturas que somam quase meio milhão de reais gastos na brincadeira do chefe do Executivo federal.
As informações foram disponibilizadas ao deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), que solicitou a liberação dos dados por meio da Lei de Acesso à Informação. O parlamentar também questionou quem são os participantes desses atos que têm seus gastos pagos com dinheiro público, nas esse questionamento não foi respondido pela Secretaria-Geral da Presidência, que alegou tratar-se de assunto sigiloso.
O governo de São Paulo, à época da motociata ocorrida na capital, já havia divulgado que R$ 1,2 milhão foram gastos dos cofres estaduais pela Secretaria de Segurança Pública para garantir a segurança de Bolsonaro e seus seguidores durante o passeio.
Os eventos sobre duas rodas organizados pelo presidente já foram realizados em São Paulo, Presidente Prudente, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Florianópolis e Chapecó. Não são poucos os críticos dos rolezinhos de fim de semana organizados pelo ocupante do Planalto, já que os seguidores bolsonaristas e autoridades que participam dos encontros não utilizam máscaras e promovem aglomerações, contrariando as medidas sanitárias preconizadas para evitar o contágio da Covid-19.