A subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, informou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) através de ofício que há três acordos de delação premiada que envolvem o juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro.
Segundo informações do jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil, o documento foi remetido no dia 1º de julho à corregedora do CNJ, Maria Thereza de Assis Moura. Apesar de informar a existência das colaborações premiadas, a procuradora informa que apenas "após a devida homologação dos acordos poderá ser requerido o compartilhamento das evidências e relatos existentes que guardem relação com os fatos".
Moura havia solicitado informações sobre acusações que pesam contra o juiz em razão de ação movida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contra ele. A entidade acionou o CNJ pedindo o afastamento de Bretas de suas funções no Rio.
Em delação, o advogado criminalista Nythalmar Dias Ferreira Filho apontou que o juiz negociou penas, orientou advogados e combinou estratégias com o Ministério Público. Essa colaboração foi revelada pela revista Veja e pela CNN.
O afastamento foi negado pelo CNJ.