O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, foi o teórico por trás da live de quinta-feira (29) em que o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) pôs em dúvida a confiabilidade das urnas eletrônicas.
De acordo com a coluna de Lauro Jardim, a live foi 100% obra do general.
O empresário paulista, dono de uma empresa de software, que jura conseguir provar que Aécio Neves venceu Dilma Rousseff em 2014, por exemplo, foi descoberto por Ramos.
Foi o general também quem destacou e treinou o coronel Eduardo Gomes, um antigo auxiliar seu, para explicar na transmissão as descobertas do tal empresário.
Foram feitas algumas reuniões entre Bolsonaro, Ramos e Gomes nas últimas semanas para amarrar toda a fala de quinta-feira.
"Não temos provas"
Nesta quinta-feira (29), o presidente Jair Bolsonaro fez uma live em que prometeu apresentar provas da suposta fraude nas urnas que tanto vem divulgando. Em quase 2 horas de transmissão, no entanto, o chefe do Executivo não mostrou uma prova sequer e se limitou a usar animações, vídeos de WhasApp e notícias antigas, já desmentidas, como “evidências” de supostas irregularidades no sistema eleitoral.
Em determinado momento, o próprio presidente admitiu: “Não temos provas, vou deixar bem claro, mas indícios de que eleições para senadores e deputados podem ocorrer a mesma coisa”.