Roberto Dias Ferreira, o ex-chefe de Logística do Ministério da Saúde, será ouvido nesta quarta-feira, 07, na CPI da Pandemia da Covid-19, após ter sido citado no depoimento do policial militar Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que acusou Dias de pedir propina de US$ 1 por dose da vacina AstraZeneca. Dias nega as acusações.
A denúncia foi feita por Dominguetti, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, com sede nos Estados Unidos. Em depoimento à CPI, ele afirmou ter recebido um pedido de propina para a compra de 400 milhões de doses do imunizante.
Exonerado da Diretoria de Logística do Ministério da Saúde após a acusação pelo governo federal, Dias foi aconselhado por parlamentares aliados a não atacar o governo hoje na CPI da Covid.
Indicado ao cargo por Ricardo Barros (PP-SC), líder do Governo na Câmara
Indicado pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, Roberto Ferreira Dias ocupava um cargo comissionado (DAS 101.5) no Ministério da Saúde desde o dia 8 de janeiro de 2019, durante a gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM), sendo desligado no último dia 30 de junho.
Anteriormente, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, já havia denunciado a pressão de Dias para aprovar a importação da vacina indiana Covaxin com um faturamento de 1000% além da oferta original.
Em nota divulgada à imprensa, o ex-chefe de Logística do ministério negou ter solicitado quaisquer vantagens ilícitas. A expectativa é de que Dias responda aos questionamentos dos senadores, na tentativa de limpar sua imagem, mas sem complicar (ainda mais) o governo do presidente Jair Bolsonaro.
Vamos descobrir hoje se ele conseguirá ou não atingir seu objetivo.
Os requerimentos para a convocação foram apresentados pelos senadores Humberto Costa (PT-PE) e Otto Alencar (PSD-BA).