O vendaval político que sacode o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), ao que tudo indica, está longe de ter um fim. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) pediu às Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal que vete o nome de seu ex-chefe de gabinete, o advogado Paulo Roberto Vanderlei Rebello Filho, que foi indicado para o cargo de diretor da Agência Nacional de Saúde (ANS).
A sabatina, marcada para quarta-feira (7), é obrigatória para a nomeação dos indicados à chefia do órgão, vinculada ao Ministério da Saúde e responsável pelas diretrizes adotadas em relação aos planos de saúde no país.
Ricardo Barros tem vivido dias difíceis depois que o também deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o funcionário de carreira do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, denunciaram o parlamentar no escândalo da compra da vacina indiana Covaxin.
Segundo os denunciantes, Barros estaria envolvido na tentativa de liberação do imunizante por meio de um contrato recheado de irregularidades, como superfaturamento e liberação de pagamento antes da chegada dos produtos farmacêuticos.
Ainda de acordo com as denúncias, o presidente Jair Bolsonaro teria conhecimento das atividades suspeitas de Barros, que é líder de seu governo na Câmara dos Deputados, e teria mencionado o nome do parlamentar no caso da compra fraudulenta, prometendo encaminhar as informações à Polícia Federal, o que não foi feito e rendeu a Bolsonaro uma investigação por prevaricação.