Internamente, assessores do presidente Jair Bolsonaro já admitem que é verdadeiro o esquema de corrupção que teria sido montado no Ministério da Saúde em cima da compra de vacinas contra a Covid-19. A CPI do Genocídio investiga supostos esquemas envolvendo a compra da vacina Covaxin através da Precisa Medicamentos e a aquisição de 400 milhões de doses da Chadox (Oxford/AstraZeneca) por meio da Davati Medical Supply.
Ao colunista Valdo Cruz, da GloboNews, pessoas próximas do presidente já mudaram o discurso sobre corrupção e admitiram que já se sabia previamente da possível existência do esquema, mas sem maiores informações.
A admissão, no entanto, teria como objetivo blindar Bolsonaro. O mesmo assessor que o fez também sustentou que o governo agiu "preventivamente" contra diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, mesmo sem provas suficientes.
No entanto, isso só foi feito após as revelações de Luiz Paulo Dominguetti à Folha de S. Paulo. Dias já havia sido acusado previamente pelo Tribunal de Contas da União (TCU) de promover contrato com irregularidades na compra de insumos.
Mensagens obtidas através do celular de Dominguetti mostram que Bolsonaro saberia do esquema da Davati.