Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente Lula, apresentou uma queixa-crime por injúria à Justiça de Pernambuco contra o cantor Amado Batista. A decisão de processar o artista veio depois de declarações dadas por ele à Rede Nordeste de Rádio, nas quais Fábio e o pai foram acusados de roubo, enriquecimento ilícito e de serem donos de vastas extensões de terras no Pará e em Mato Grosso.
“Antes do Bolsonaro, o dinheiro brasileiro era investido para ajudar países comunistas... Além de roubar pra caramba, né? Além de ter roubado pra caramba. Existem pessoas que eram pobres antes do comunismo aqui, antes da esquerda, e que estão milionários hoje”, insinuou primeiramente o cantor, confirmando depois que as acusações eram direcionadas ao ex-presidente e aos seus filhos.
“O ex-presidente se encaixa nessas condições que você descreve?”, perguntou o jornalista Magno Martins, ao que Batista respondeu:
“Com certeza. Tanto ele quanto os filhos dele, né? “É só ir pro Pará, lá pro Mato Grosso, para vocês verem (a posse de terras). Ao vivo e a cores”, acusou.
Os advogados de Lulinha consideram na queixa-crime que seu cliente foi vítima de injusta ofensa, não só contra ele, mas também aos seus familiares. Fábio Tofic Simantob, Marco Aurélio de Carvalho e Mariana Tranchesi Ortiz, que compõem a defesa do empresário, cogitam ingressar com ações de indenização contra Amado Batista por danos morais também.
Durante a entrevista ainda, o cantor goiano fez elogios ao presidente Jair Bolsonaro e deu confusas declarações sobre “comunismo” para tirar a credibilidade de pesquisas de opinião que mostram Lula à frente do atual ocupante do Palácio do Planalto.
“São os órgãos de comunicações que deixaram de mamar na teta do governo, né? E agora fica querendo pregar. O Karl Marx e o Stálin disseram que dez mentiras bem contadas viram verdades”, argumentou de forma estapafúrdia.