A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu interromper temporariamente os estudos clínicos da vacina Covaxin em razão da suspensão do contrato do laboratório Bharat Biotech com a Precisa Medicamentos. O Ministério da Saúde ainda rescindiu o empenho da compra de 20 milhões de doses.
Segundo informações da jornalista Isabella Calzolari, da GloboNews, a Coordenação de Pesquisa Clínica da agência decidiu pela suspensão após o rompimento da Bharat, produtora da vacina, com a Precisa.
Em comunicado divulgado nesta sexta, a empresa indiana afirmou que continuará trabalhando com a Anvisa para obter todas as aprovações necessárias para a Covaxin, mas que não seguirá com a Precisa de intermediária. A principal motivação seria a apresentação de documentos falsos por parte da Precisa ao Ministério da Saúde.
Após o anúncio, o Ministério da Saúde também decidiu rescindir o contrato de compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin por R$ 1,6 bilhão.
Covaxin na CPI
A compra da vacina Covaxin era a mais cara já feita pelo Brasil no combate à pandemia do coronavírus e levantou suspeitas de superfaturamento. Por isso, a Precisa virou um dos alvos prioritários da CPI.
O sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, foi convocado à CPI, e teve o direito de permanecer em silêncio concedido pela ministra do STF Rosa Weber. Após a decisão, os senadores optaram pela não convocação de Maximiano. A CPI também já autorizou a quebra dos sigilos telefônico e telemático da diretoria.