O ministro da Economia, Paulo Guedes, que chegou ao governo em 1° de janeiro de 2019 com a promessa de ter carta branca para revolucionar o Brasil, não tem vivido dias muito bons ultimamente. São tantas derrotas cumuladas que o deputado federal Rodrigo Maia (sem partido-RJ), ex-presidente da Câmara, disse no Twitter que o posto Ipiranga de Bolsonaro foi “humilhado” ao perder poder para Onyx Lorenzoni.
Depois de ver sua pasta perder influência e ser retalhada nas últimas mudanças promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro, Guedes agora está perdendo espaço com a minirreforma ministerial anunciada por Bolsonaro, que ressuscitará a pasta do Trabalho, presumivelmente destinada ao deputado gaúcho Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
Com a ida do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para a Casa Civil, o general Luiz Eduardo Ramos, que a ocupa atualmente, deve ser deslocado para a Secretaria-Geral da Presidência da República, chefiada por Onyx, que por sua vez precisará ser realocado. Foi aí que surgiu a ideia de recriar o Ministério do Trabalho, que seria dado a ele.
Nesse corte e costura que virou a gestão Bolsonaro, cada dia mais preocupada em assentar membros do centrão, Paulo Guedes vem encolhendo no governo e vê sua importância diminuir a cada dia. Os temas relacionados ao Trabalho e Previdência, antes sob seu guarda-chuva, a partir deste momento irão para a tutela de outro ministro.
A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, atualmente chefiada por Bruno Bianco, já é um caso perdido para Guedes, que tenta evitar mais baixas, sobretudo se for recriado o Ministério do Planejamento, Comércio Exterior e Serviços, cerne da política econômica do governo.