A revelação de que o general Walter Braga Netto, ministro da Defesa, ameaçou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pela aprovação do voto impresso para as eleições de 2022 teria partido do senador Ciro Nogueira (PP-PI). O presidente nacional do PP deve assumir o ministério da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro na próxima segunda-feira (26).
Segundo informações obtidas pelo colunista Vicente Nunes, do Correio Braziliense, a divulgação da ameaça teria sido uma vingança do centrão contra o chamado Partido Fardado, que tentou intimidar o Congresso Nacional.
Reportagem de Andreza Matais e Vera Rosa, do Estado de S.Paulo, aponta que Braga Netto enviou interlocutor para falar com Lira em 8 de julho. O objetivo foi “comunicar, a quem interessasse, que não haveria eleições em 2022, se não houvesse voto impresso e auditável”.
A ameaça foi repetida por Bolsonaro no mesmo em conversa com apoiadores: “Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições”.
O Ministério da Defesa tentou desmentir a reportagem, que teve seu conteúdo reforçado pelo Estado de S. Paulo através de seu diretor de jornalismo, João Caminoto.