OAB e Comissão Arns denunciam Bolsonaro na ONU por ataques à liberdade de expressão

“O direito à liberdade de expressão do Brasil, obtido a muitas custas, está sob ataque", disse Claudia Costin, porta-voz das entidades

Bolsonaro arranca a máscara e ataca jornalista (Reprodução)
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A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns participaram de sessão do Conselho de Direitos Humanos (CDH) da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (2) para denunciar os ataques à liberdade de expressão promovidos pelo presidente Jair Bolsonaro.

A ex-ministra Claudia Costin, uma das fundadoras da Comissão Arns, representou as entidades no Diálogo Interativo com a Relatora sobre Liberdade de Expressão da ONU, Irene Kahn, e alertou à comunidade internacional sobre as intimidações a profissionais de imprensa e as tentativas de criminalização de opositores políticos promovidas pelo governo Bolsonaro.

“O direito à liberdade de expressão do Brasil, obtido a muitas custas, está sob ataque. Profissionais da impressa são intimidados, opositores políticos são ameaçados e criminalizados sob a Lei de Segurança Nacional”, disse Costin. A porta-voz deu destaque a dados da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) sobre os mais de 400 ataques a comunicadores.

Perseguições contra lideranças indígenas, como Sonia Guajajara e Almir Suruí, e pesquisadores também foram destacadas.

As entidades ainda farão um evento paralelo na quarta-feira (7) na ONU, com o tema “A erosão da liberdade de expressão no Brasil”. Participam a jornalista Patrícia Campos Mello, o influenciador digital Felipe Neto, o escritor Paulo Coelho e o advogado Pierpaolo Cruz Bottini, do Observatório da Liberdade de Imprensa da OAB.

Com informações da Comissão Arns