O empresário Paulo Marinho (PSDB), cuja casa foi o estúdio do programa de TV da campanha do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) em 2018, guarda vídeos inéditos da época para a pré-campanha à presidência do governador de São Paulo João Doria.
Ele conta, como exemplo, em entrevista à Folha que, certa vez, Bolsonaro exasperou-se ao tentar, por mais de 20 vezes, gravar uma mensagem para a propaganda eleitoral.
Bolsonaro deixou o estúdio e foi para os jardins da casa, de acordo com o empresário. Ele foi tranquilizado pelo coordenador de sua campanha à época, Gustavo Bebianno, que depois virou ministro e morreu em 2020.
"O capitão tem uma dificuldade imensa de se expressar. Quando a gente estava na minha casa gravando os programas de televisão, primeiro, ele não usava o teleprompter, ele não sabia se comunicar com o teleprompter. Tinha uma dificuldade de ler e falar. Ficava evidente que ele estava lendo", disse Marinho.