O ativista Rodrigo Pilha foi solto na noite deste sábado (10) e se encontrou com a família em Brasília (DF).
No final da tarde, Erico Grassi, irmão de Pilha comemorou nas redes a emissão do alvará de soltura: “VALEU A PRESSÃO! Saiu o alvará de soltura do @RODRIGOPILHA!!! A família e os advogados estão tratando dos trâmites burocráticos. Ainda não sabemos se ele irá hoje ou amanhã p/ casa!”.
Logo a seguir, a imagem de Pilha com a família ganhou as redes e foi compartilhada por diversos políticos e internautas.
O jornalista Rogério Tomaz, amigo de Pilha, postou foto do ativista já em casa, meia hora antes da final da Copa América entre Brasil e Argentina, com a camisa da Argentina: “O Rodrigo Pilha saiu meia hora antes do jogo e no final me ligou com a camisa do Crespo que dei de presente pra ele”.
Espancamento
Em 29 de abril, o Blog do Rovai revelou que Rodrigo Pilha, preso por estender uma faixa chamando o presidente Jair Bolsonaro de genocida, havia sido espancado e humilhado na prisão. Ele estava há exatos 41 dias detido, dormido no chão desde quando tinha sido privado de sua liberdade. Rovai conversou com diversas pessoas que têm proximidade com Pilha que não podia dar entrevistas e confirmou a informação que já havia sido publicada sem maiores detalhes num tuíte por Guga Noblat.
Enquanto esteve na Polícia Federal prestando depoimento, Rodrigo Pilha foi tratado de forma respeitosa, mas ao chegar no Centro de Detenção Provisória II, área conhecida como Covidão, em Brasília, alguns agentes já o esperavam perguntando quem era o petista.
A recepção de Pilha foi realizada com crueldade. Ele recebeu chutes, pontapés e murros enquanto ficava no chão sentado com as mãos na cabeça. Enquanto Pilha estava praticamente desmaiado, o agente que o agredia, e do qual a família e advogados têm a identificação, perguntava se ele com 43 anos não tinha vergonha de ser um vagabundo petista. E dizia que Bolsonaro tinha vindo para que gente como ele tomasse vergonha na cara.
Prisão com base na LSN
18 de março de 2021. Com base na Lei de Segurança Nacional (LSN), da ditadura militar, o ativista Rodrigo Pilha e mais quatro militantes foram presos pela Polícia Federal em Brasília. O motivo da detenção: eles estenderam uma faixa contra o presidente Jair Bolsonaro com a palavra “genocida” escrita. O desenho da faixa era baseado em uma charge do cartunista Aroeira, que também foi alvo de pedido de inquérito pelo advogado-Geral da União e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, com base na LSN.
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