O vereador Renato Freitas (PT-PR) foi preso pela Polícia Militar em Curitiba, na tarde desta sexta-feira (4), enquanto jogava basquete e ouvia música com uma caixa de som em uma praça na região central da cidade com um amigo, também negro.
A abordagem policial teria sido motivada por "perturbação ao sossego" e, ao questionar a ação da PM, Freitas foi acusado por um dos agentes de "atrapalhar o trabalho da PM".
Toda ação foi filmada. “Essa é a cara de Curitiba. A cara do racismo“, disse o vereador, já detido, antes de ser conduzido para a delegacia, junto com seu amigo, para assinar um termo circunstanciado.
Assista.
A equipe de Freitas, pelo Instagram, divulgou um vídeo que mostra pessoas fazendo um ato em frente à delegacia pedindo a liberação do vereador. "Abaixo o racismo. Renato livre", diziam os presentes.
Em nota, o gabinete do vereador afirmou que sua detenção foi "inadequada, ferindo direitos fundamentais do cidadão em questão".
"O vereador questionou o método, que é corriqueiramente aplicado pela Polícia Militar. Entretanto, em total desrespeito às prerrogativas inerentes à sua posição, mesmo tendo se identificado como Advogado e Vereador, Renato foi levado preso ao Batalhão da Polícia Militar, em condições absolutamente desproporcionais e inadequadas com relação à sua dignidade", diz nota oficial.
Em 2018, enquanto distribuía panfletos de sua campanha a deputado estadual, Freitas chegou a ser agredido por policiais militares.
"Descabida a prisão do vereador @Renatoafjr de Curitiba. Jovem, negro, Renato tem sofrido perseguição. Estamos acompanhando o caso, mas esta é a realidade de muitos jovens da periferia", comentou a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) sobre a detenção desta sexta-feira.
*Mais informações em instantes