O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) deve deixar a liderança do governo Jair Bolsonaro no Senado Federal. O parlamentar, que foi indiciado na terça-feira (8) por corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica durante passagem pelo Ministério da Integração Nacional no Governo Dilma, pode perder o posto por outro motivo: pela posição do MDB crítica ao governo na CPI do Genocídio.
Segundo informações dos jornalistas Caio Junqueira e Larissa Rodrigues, da CNN Brasil, o presidente pensa em mudar a articulação no senado por conta das críticas que tem recebido de parlamentares do partido de Bezerra.
Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, Eduardo Braga (MDB-AM), líder do partido no Senado, e Simone Tebet (MDB-MS), líder da bancada feminina no Senado, não poupam o presidente durante seus discursos na comissão.
Bezerra Coelho, por sua vez, também estaria buscando se desvincular do presidente e pretende sair dos holofotes durante as investigações.
O DEM de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente da casa, é quem deve assumir a função, segundo a reportagem. Marcos Rogério (DEM-RO), da tropa de choque bolsonarista da CPI, e Davi Alcolumbre (DEM-AP), ex-presidente do Senado, são os cotados.