Integrantes do Patriota entraram com uma contestação na Justiça Eleitoral para derrubar a reunião da convenção nacional do partido realizada nesta segunda-feira (1º) que resultou na filiação do senador Flávio Bolsonaro (RJ) e em acordo para possível entrada de Jair Bolsonaro para disputar a reeleição em 2022 pela sigla.
Integrantes do partido acusam o presidente, Adilson Barroso, de promover uma série de irregularidades para mudar o estatuto e obter maioria favorecendo a afiliação do clã Bolsonaro.
"Não sabíamos da filiação do Flávio. Ele (Barroso) votou um monte de mudanças no Estatuto que não foram discutidas com ninguém. Quer dizer, foi um assalto ao partido", disse Jorcelino José Braga, secretário-geral do Patriota, ao jornal O Globo.
Na ação, distribuída ao ministro Edson Fachin, os integrantes da sigla dizem que a filiação de Bolsonaro foi conduzida de forma antidemocrática, por vontade individual do presidente da sigla.
“Como já dito e demonstrado por amostragem, há vontade individual do Presidente Nacional Adilson Barroso de filiar o Exmo. Sr. Presidente da República Jair Bolsonaro e acomodar seu grupo político nas fileiras do PATRIOTA, decisão que é competência da convenção nacional”, diz trecho da ação.
Datena
O racha no partido causado pela filiação do clã presidencial também se reflete em relação às eleições 2022.
Vice-presidente do partido, Ovasco Altimari já teria feito convite ao apresentador Luiz Datena para ser candidato a presidente em 2022. Bolsonaro no páreo deve afugentar o apresentador, que tem convites de outras siglas para a empreitada.