O ex-porta-voz do presidente Jair Bolsonaro, general Otávio do Rêgo Barros, afirmou em coluna publicada no jornal Correio Braziliense, na terça-feira (25), que há interferência do governo federal nas Forças Armadas, na Polícia Federal, Receita Federal e Diplomacia.
"Intenta-se estabelecer uma ligação emocional entre as deliberações do Executivo e a Instituição de Estado: Forças Armadas. Mas não há exclusividade de ator principal. Do mesmo modo há uma interferência em outras instituições respeitadas por seu passado asseado e ajustadas à missão constitucional: Polícia Federal, Receita Federal, Diplomacia, dentre outras", escreve o general.
Segundo ele, as "ações e omissões do governo expõem essas organizações ao escrutínio crítico, com viés negativo, resultando como consequência uma possível repulsa da sociedade".
Sem citar o nome de Eduardo Pazuello, o ex-porta-voz de Bolsonaro também criticou a presença do general em ato a favor do presidente no último domingo (23).
"Quanto ao caso do oficial-general que participou de carreata política, infringindo, em tese, a legislação disciplinar, tenhamos confiança na sobriedade temperada com firmeza de nossos comandantes", afirmou o militar.